Gonçalo Amaral revela que depoimento-chave foi desvalorizado na altura do desaparecimento.
O depoimento de um dos elementos da família Smith que identificou Gerry McCann como o homem que viu na noite do desaparecimento de Maddie a transportar uma criança ao colo a caminho da Praia da Luz foi desvalorizado depois de eu sair do caso.
É mentira que o retrato-robô que a polícia britânica divulgou agora seja baseado no testemunho da família Smith."
As declarações são de Gonçalo Amaral, ex-coordenador da PJ que investigou o desaparecimento de Madeleine McCann, ao Correio da Manhã.
E surgem na sequência da divulgação de retratos-robô por parte da Scotland Yard apontando um dos desenhos como sendo o do principal suspeito pelo presumível rapto da criança inglesa, a 3 de maio de 2007 que afirmam ter sido feito com base no testemunho de uma família irlandesa que passava férias na Praia da Luz quando Maddie desapareceu.
"A família Smith contou-nos o que viu naquela noite. Um homem, estrangeiro, porte atlético, cara queimada pelo sol, como a dos turistas, e que escondia a face para não ser visto, com uma criança loira ao colo", contou Gonçalo Amaral.
"Pouco tempo depois, quando a família McCann ‘fugiu’ para o Reino Unido, e foram recebidos no aeroporto pela televisão, um elemento da família Smith ligou nos, muito aflito. Gerry, pai de Maddie, que estava a sair do avião, era o homem que o senhor Smith tinha visto a transportar uma criança naquela noite", explicou o ex-coordenador.
Para Gonçalo Amaral, "houve uma identificação positiva, que foi posta de lado".
"Os McCann contrataram detetives que fizeram um retrato, um homem parecido com Gerry, para desvalorizar o depoimento", concluiu.
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