sábado, 23 de novembro de 2013

Alunos do Colégio Militar Passam Por "Lavagens Cerebrais"

Alunos do Colégio Militar passam por lavagens cerebrais
Um antigo professor do Colégio Militar afirmou, na sessão de julgamento que envolve ex-alunos acusados de maus-tratos, que os estudantes daquela instituição são sujeitos a “lavagens cerebrais” e que, por isso, “conseguem ver as tradições”.

Ele foi sujeito a uma lavagem cerebral durante oito anos. No Colégio Militar os alunos só conseguem ver as tradições, não conseguem abrir os horizontes e ver as coisas de outra maneira”, afirmou, ontem, um oficial do Colégio Militar, referindo-se ao arguido R. Capicho, na sessão de julgamento que envolve oito ex-alunos acusados de maus-tratos a colegas. 

Citado pelo jornal i, o antigo professor Pinto Pereira, que foi instrutor de 10 processos de averiguações a alunos por castigarem colegas mais novos, garantiu ter conhecimento de “muitas situações de castigos físicos, alguns deles graves” e que “ num ano chegaram a ser abertos 80 processos a alunos graduados por passarem das marcas com os mais novos”. 

A falta de recursos humanos para vigiar ao alunos, nomeadamente durante a noite, é uma das falhas apontadas pelo major, que explicou que “era difícil saber o que se passava porque os miúdos não se queixavam”. 

Havia um voto de silêncio e eu tinha dificuldade em falar com eles abertamente”, contou.

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