segunda-feira, 9 de setembro de 2013

PSP Suspenso por Revista Abusiva



Pintura de mural nas Olaias acaba com jovens na esquadra e suspensão para chefe da PSP. Um chefe da 5ª Divisão da PSP de Lisboa foi suspenso pela Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI) por "revista abusiva" a cinco jovens que em 2010 foram apanhados a ‘grafitar’ as paredes da Escola António Arroio, nas Olaias. 

O elemento policial, que está a cumprir a ‘sentença’ desde o dia 23 de agosto, ainda interpôs uma providência cautelar sobre a decisão, mas a IGAI invocou o "interesse público" da mesma, a que o tribunal acedeu. 

O caso remonta a 13 de outubro de 2010. Na altura, uma patrulha da PSP detetou cinco jovens alunos da Escola António Arroio com ligações à Juventude Comunista Portuguesa a pintar um mural com mensagens políticas no exterior do estabelecimento de ensino. 

Os jovens, três rapazes e duas raparigas com idades entre os 15 e os 16 anos, foram identificados e levados para a esquadra das Olaias, onde foram revistados. 

Os pincéis e as tintas foram apreendidos. Os pais dos menores apresentaram queixa no ‘livro amarelo’ da esquadra. 

O problema surgiu quando o agente que fez o expediente não mencionou a revista no auto de notícia. E foi o chefe que cumpria a função de graduado de serviço que acabou responsabilizado pela IGAI por "omissão do dever de fiscalização" e "revista abusiva". 

No entanto, o chefe saiu de serviço antes de o agente da PSP terminar a elaboração do relatório seria o colega que o substituiu que o deveria ter feito. 

E, de acordo com fonte da ASPP, sindicato que defende o chefe da PSP, "nada está previsto na lei relativamente a isso". Segundo o CM apurou, o caso foi alvo de um inquérito interno ordenado pela Direção Nacional da PSP, mas foi arquivado. 

Só foi reaberto depois de o grupo parlamentar do Partido Comunista ter pedido ao Ministério da Administração Interna a abertura de novo processo pela IGAI.

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