segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Oito em Cada Dez Bombeiros São Voluntários



Dos 29 mil bombeiros "que efectivamente combatem incêndios ou estão disponíveis para o tipo de missões a que os bombeiros têm que responder", apenas seis mil são profissionais, disse à agência Lusa o diretor nacional de bombeiros, da Protecção Civil

Ou seja, de acordo com estes dados da Autoridade Nacional de Protecção Civil, oito em cada dez bombeiros no terreno para ocorrências em áreas urbanas e incêndios florestais são voluntários. 

Do número total de serviços que os bombeiros fazem por ano, apenas cerca 5 % são incêndios florestais. "Neste momento, o total de elementos do quadro activo e do quadro de comando, os que efectivamente combatem incêndios ou estão disponíveis para o tipo de missões a que os bombeiros têm que responder, são 29 242 elementos, e o número total de bombeiros profissionais ronda os seis mil", afirmou Pedro Lopes, director nacional de bombeiros

Para o responsável, "o peso que os bombeiros voluntários têm em Portugal -- e que continuarão a ter é a sorte deste país". "Com um número de incêndios como aquele que temos [que enfrentar], era impensável ter uma estrutura profissional que conseguisse dar uma resposta eficaz. A frequência de incêndios que tem havido diariamente é aberrante e inacreditável num país com uma área como a que tem Portugal", acrescentou. 

Para além deste número, acrescentou o responsável, "existe ainda um número significativo de elementos no quadro de honra (7 295) e no quadro de reserva (13 819), e ainda os elementos que estão nas escolas de formação (13 443), os potenciais bombeiros do futuro, que são a garantia de que continuaremos a ter bombeiros para satisfazer as necessidades de amanhã". 

"Não é por falta de bombeiros que estamos a ter dificuldades. Estamos a ter dificuldades pelo número exageradíssimo de incêndios que [estão a ocorrer]", defendeu o responsável. 

Questionado sobre o impacto que a crise económica está a ter nas associações humanitárias de bombeiros, Pedro Lopes reconheceu que "há corporações com gravíssimos problemas financeiros", mas garantiu que "não foi por dificuldades financeiras que a eficácia da resposta foi posta em causa". 

O responsável defendeu que "importa que seja repensado todo o trabalho que a associação presta e as condições que tem para prestar esse trabalho, [nomeadamente] a forma como há o ressarcimento das despesas que a associação enfrenta". 

"A autoridade está disponível para toda a colaboração necessária no sentido de conseguirmos ter o número de corpos de bombeiros adequado ao país e ao risco que o país enfrenta, e dar condições às associações que suportam esses corpos de bombeiros para poderem levar por diante a sua missão", disse. Contudo, afirmou, também há casos de corporações "sobredimensionadas" e "é óbvio que não vai haver condições para sustentar essa situação".

Fonte:noticiasaominuto

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