segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Escolas Militares Com Mais Candidatos Este Ano Lectivo



Os três estabelecimentos militares de ensino não superior receberam 679 candidaturas ao próximo ano lectivo e o número de admissões é já superior ao de 2012, indicam dados do Ministério da Defesa Nacional (MDN). 

Candidataram-se ao Colégio Militar, para o próximo ano letivo, 353 alunos e, destes, 84 são raparigas em regime externo, em consequência da integração com o Instituto de Odivelas, outro dos estabelecimentos militares de ensino não superior. 

As candidatas aos anos que ainda são lecionados pela escola de Odivelas são 130, apesar da progressiva fusão com o Colégio Militar, contestada por encarregados de educação e antigos alunos. 

Já no Instituto dos Pupilos do Exército foram recebidas 196 candidaturas, o que eleva a 679 o total de pedidos nos três estabelecimentos de ensino. 

O número de admissões totais do ano passado (238) naquelas três escolas foi, entretanto, ultrapassado em 2013. 

Numa altura em que ainda estão pendentes, aguardando os resultados finais das provas, 146 candidatos da última fase de inscrições, já estão matriculados para o próximo ano letivo 244 alunos. "São números que superam as expectativas do MDN tendo em conta a polémica criada em torno desta reforma nos últimos meses", disse à Lusa fonte daquele ministério, admitindo que o objetivo inicial passava pela integração, em setembro, de 200 alunos. 

"Neste momento já foram admitidos 244, um número que ainda será superado", acrescentou a fonte. No ano passado foram admitidos 70 alunos no Colégio Militar e 94 no Instituto dos Pupilos do Exército, enquanto no Instituto de Odivelas entraram 74. 

As aulas das alunas do Instituto de Odivelas passam, a partir deste mês e em regime de externato, para o Colégio Militar, no Largo da Luz, Lisboa, transformado num estabelecimento misto. 

Este conta já com 132 alunos admitidos, dos quais 40 são raparigas, estando mais 14 com admissão pendente. 

O Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa indeferiu recentemente o pedido da Associação de Pais e Encarregados de Educação das Alunas do Instituto de Odivelas para manter as inscrições naquela escola neste ano letivo, para o 5.º ano em regime de internato e externato, e para os 7.º e 10.º anos em regime de externato. 

As inscrições para estes anos de ensino ficaram assim vedadas em Odivelas, fazendo-se apenas no Colégio Militar. 

Na origem do diferendo está o processo de fusão entre o Colégio Militar e o Instituto de Odivelas, justificado pela tutela com a racionalização de custos, mas fortemente contestado por pais e alunos de ambos os estabelecimentos. 

O tribunal entendeu que as atuais e eventuais alunas do Instituto de Odivelas e do Colégio Militar não podem estar "sujeitas a um processo educativo marcado pela instabilidade no processo de aprendizagem" e a um "ambiente educativo em profunda mutação".

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